Preservando a insanidade
Meu amor,
Minha autodefesa me alertou.
Em meu inconsciente,
Tenho a pretensão de existir,
Persistir no erro,
Pois o erro,
Me leva para distante daqui.
Não possuo a perfeição que desejas,
Nem tão pouco quero tê-la.
Um animal,
Avesso às regras,
Dispo-me de camuflagens,
Mesmo diante de batalhas,
De peito aberto à guerra.
Sou tão inconstante,
Que vezes tenho que mergulhar,
Neste mar de ilusão.
Ali,
A mente relaxa,
Impulsos,
Pulsões,
Tomam conta de mim,
É como uma imersão para eternidade,
Sinto o agora,
Não esperando o fim.
Perdoe-me,
Pois sou o retrato do que escrevo,
Vezes duro,
Ácido,
Azedo.
Sou intolerante a genialidade daqueles que só tem apenas uma coisa a dizer,
Não me limito as palavras que quer ouvir,
Pois,
Se pensar apenas em você,
Esquecerei de mim.
Palavras são como necessidades fisiológicas,
Delas me alimento,
E não queira instruir meu paladar,
Pois o fel que me sacia,
Não contrasta ao mel,
Que te aprisiona.
Meus vícios são singulares e pontuais,
Não misturo cigarro ao sexo,
Apenas antes e depois,
O álcool liberta o riso,
Desativo minha sanidade colérica,
O nú,
É meu lado reativo a sobriedade,
Assim,
Caminho de um,
A outro hemisfério.
Mesmo preso,
E agarrado a valores,
Busco o ar de liberdade.