Pares como eles
Em uma triste sina, pares como eles,
Tão próximos do sol, queimam em desejo.
No entanto, buscam refúgio no frio da solidão.
De lá, tão esforçados para parecerem divertidos.
Tão persistentes em parecerem leves,
Até que o sangue comece a fluir,
Pois em seus olhares, se desdobram e desvelam-se.
É um pesar, ainda assim, para ambos.
Anseiam pela proximidade e resistem,
Inútil é a incapacidade de se entregarem.
No entanto, quão gratificante é isso?
Sem avanços, tentam evitar a aproximação.
No entanto, até certo ponto,
Talvez não seja o que desejam,
Mas o que possuem,
por receio de estarem equivocados.
Contudo, quando o certo se aproxima,
Poderá não se perder por ter demorado muito?
Por que persistem em segurar as pontas soltas,
A qualquer custo?
Separados, mantêm os dedos cruzados...