Ocaso
Sempre achei que eu fosse da noite
Mas não, hoje começo a compreender que sempre temi a noite
Anseio pela paz do dia
Ou pela paz que me permito sentir à luz do dia
Não ignoro que a evolução consiste em adentrar nossas sombrias mazelas
O que ignoro é o quão (des)preparado estou
Desejo assim, "covardemente", a luz do Sol que me acolhe
E a vida desperta e manifesta das manhãs
Me recolho e adormeço imerso na escuridão da inconsciência
Mas protegido pela "Luz" que me circunda, a despeito de tudo que (re)conheço e ignoro
Ipatinga, 13 de abril de 2024.