Agosto

As pálpebras piscam a hora morna

Da manhã cansada.

Um bocejo desperta o corpo

Que esta despojado sobre a cadeira.

- Crianças, atentem para a aula! Fala a professora.

Um resmungo aqui, um balbucio acolá,

E, aos poucos, a aula flui.

Flui como o dia

Que se abriu com o gorjeio dos pardais,

Mas com uma cara fechada.

Isso não importa. Ou importa?

Não sei. Talvez...

No fim, é apenas reflexo

Desse dia morno

Com a manhã de agosto.

Márcio Ahimsa
Enviado por Márcio Ahimsa em 05/01/2008
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