Agosto
As pálpebras piscam a hora morna
Da manhã cansada.
Um bocejo desperta o corpo
Que esta despojado sobre a cadeira.
- Crianças, atentem para a aula! Fala a professora.
Um resmungo aqui, um balbucio acolá,
E, aos poucos, a aula flui.
Flui como o dia
Que se abriu com o gorjeio dos pardais,
Mas com uma cara fechada.
Isso não importa. Ou importa?
Não sei. Talvez...
No fim, é apenas reflexo
Desse dia morno
Com a manhã de agosto.