MATUTO
Eu vou-me embora para o meio do mato
Onde quase nada quebra o silêncio fundo
Eu vou me fechar, me isolar onde de fato
Não me alcancem os problemas do mundo.
Eu vou sem internet, eu vou sem celular
Eu vou virar caboclo, vou virar matuto
Sem nenhuma chatice pra me aporrinhar
E nas noites calmas, só repouso absoluto.
Sem compromisso, sem contas pra pagar
A única coisa em que eu quero pensar
É como faço pra espantar os mosquitos...
Os meus credores, eu quero que se fodam
Meus fracassados amores, que explodam
Daqui donde estou eu não ouvirei seus gritos...
*Poema antigo.