PUNHAL
A dor aguda de tua ausência
Bloqueia o sentimento,
Entorpecendo-o, de tal forma,
Que parece estarmos
Conformados com tua partida.
Entretanto, a noite, apenas
A noite é quem sabe de nosso
Sofrer intenso,
Pois é quem sempre
Tem estendido as mãos convexas
Para colher as pérolas
Que se nos escorrem pelos olhos!
A madrugada soluça e cicia
Às estrelas solitárias
O teu bendito nome
Sempre ligado à boa
Literatura!
E o dia nos surpreende
Olhando o horizonte
Além do infinito vazio!
Há três anos, Docival,
Partiste.
Há três anos essa dor
Em nós persiste!
Melgaço, Pará, Brasil, 28 de dezembro de 2012.
Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo
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