SERMÃO

SERMÃO

Não quero aqui citar tristeza...

Nem justificar o meu sermão

Com minha sutil delicadeza

Sem dela ter que abrir mão

Pois em tudo existe grandeza

Enquanto maior for o coração...

Não cobro mais nada da vida...

Nem implico com a má pessoa

Mas tento dá qualquer guarida

A quem de mim se afeiçoa

Na metade da jornada vivida

A outra passada aonde ecoa...

Com o tempo não brigo mais...

Que venceu-me pelo cansaço

O meu esforço não foi capaz

De usar tais nervos de aço...

Mas espero em nome da paz

O conforto dentro do abraço...

E que então me traga a sorte...

De partilhar de um pleno amor

Que dizem ser construção forte

Sem ter o preço mas com valor

Que dá um sentido, um aporte

Mas sem causar nenhuma dor...

(SERMÃO - Edilon Moreira, Abril/2024)