Do amor ao pavor.
 Da mágoa à fátua.
 Do requinte ao ouvinte.
 Palavras, sons e valores.
 Metáforas, dons e flores.

As estações passam.
O tempo escoa.
Há uma inquietação orbitante.
Há um vento à-toa
E a realidade aviltante.

Tudo passa.
Reto ou torto.
Certo ou morto.
Depois na lápide
há as últimas palavras.
há a pá de cal.


Em nosso lugar,
ficam as lembranças.
Em nossa alma,
ficam as esperanças.
A espiarem na terra
o sal.
A secar todas as mágoas
para justificar tantas
metáforas.

Valei-me!

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 08/04/2024
Reeditado em 21/05/2024
Código do texto: T8037508
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