『A QUEDA DO POETA: PROFECIA DO ESPELHO PRESENTE NO FUTURO』

Em tempos como estes, quem escreve cai de duas formas possíveis: ou cai em glória, pelo túmulo de luz sem sombras, ou cai em esquecimento pelo vale da ignorância humana...Temo ter caído no segundo.

Minhas palavras não se trocam por sentimentos que não os meus, não se tornam tatuagem na pele de quem se arrepia e choca com elas... Sou aquilo que chamei de "poeta palhaço". Aquele que de sua grandeza só obteve desgosto... Porém de mim. Mesmo esperando pouco, aguardo na muda esperança de que algures no tempo haverá Ela, a poetisa com língua de prata, Ela será perfeita até em suas completas imperfeições, será dela, de sua boca que sairão as palavras de ouro cunhadas com meu brasão de bronze.

Sim, dela minhas palavras virão sem que de mim precisem sair.

Sim...assim será.