UM (QUASE) SONETO NU
Retirarei a máscara
a roupa de adulto sério que uso
e esta minha surrada fantasia de palhaço
Despir-me das convenções sociais
de todas as regras gramaticais
dos limites das vírgulas e dos pontos finais
deixando apenas um punhado de reticências
Haverei de colocar interrogações
nos seus devidos e cabidos lugares
que é logo atrás das crenças e verdades
que em casa e no colégio me ensinaram
Vou me desnudar nos versos
tentar encontrar meus reversos
e me revelar por inteiro com a poesia