DA ESPUMA
DA ESPUMA
Na praia do silêncio, a espuma.
Nos olhos de mar, íris de areia.
Na pupila do sol, luz que perfuma
A cor de amor queimando na veia.
O silencioso olhar da bruma
Tece nos olhos um piscar de teia;
Que não pulsa de ilusão alguma...
Não encarcera amor; só bombeia.
Anda, na quietude do olhar,
O bom vazio; fértil de caminho;
Que só em olhos tenros, sem espinho,
Pode, com o silêncio, caminhar.
Anda para um nunca mais parar...
Anda repleto de si. E sozinho.
Torre Três ( R P )
05_04_24