Sobra tempo

Há de pingar pelas bocas

De vários transeuntes,

Tropeçantes destas tolas

Rimas de doente.

Comentários adversos,

Que me sobra tempo

Para escrever em versos

Os meus inúmeros desalentos.

Pois saiba que essa mania

De rimar e fazer poesia

É uma praga pulsante,

Escorrendo pelas falanges

A verborragia rimante

Da filha de Mnemósine.

Murilo Paes Corrêa
Enviado por Murilo Paes Corrêa em 04/04/2024
Código do texto: T8034525
Classificação de conteúdo: seguro