É Caos e a Febre nos Olhos

É o caos fantasiado de real

Que me incomoda

É a aparência fugaz

De tranquilidade

De sempre será

Sendo que já não é

E a minha inércia diante

Do Universo colossal

E das coisa sem sentido

E o sentimento de desespero

E todo esse drama

Cria uma trama caótica

Tudo se traduz num

Movimento estático e catatonico

Regido pelo tempo senhor e algoz

E a vertigem desse descompasso

Que é ser seja lá o que eu for

Esse diálogo olho no olho

Com a escuridão

E as moiras dançando sobre a mesa

Contemplam a beleza do meu destino

Que é uma era? um milênio?

Um milésimo de segundo?

Diante nós olhos que só exergam

Aquilo que querem ver

Enquanto a máquina moe nossas carnes

É o caos e a febre nos olhos

Gessé Cordeiro de Miranda
Enviado por Gessé Cordeiro de Miranda em 03/04/2024
Reeditado em 03/04/2024
Código do texto: T8034190
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