É Caos e a Febre nos Olhos
É o caos fantasiado de real
Que me incomoda
É a aparência fugaz
De tranquilidade
De sempre será
Sendo que já não é
E a minha inércia diante
Do Universo colossal
E das coisa sem sentido
E o sentimento de desespero
E todo esse drama
Cria uma trama caótica
Tudo se traduz num
Movimento estático e catatonico
Regido pelo tempo senhor e algoz
E a vertigem desse descompasso
Que é ser seja lá o que eu for
Esse diálogo olho no olho
Com a escuridão
E as moiras dançando sobre a mesa
Contemplam a beleza do meu destino
Que é uma era? um milênio?
Um milésimo de segundo?
Diante nós olhos que só exergam
Aquilo que querem ver
Enquanto a máquina moe nossas carnes
É o caos e a febre nos olhos