O monge montanhês
Nesse templo situado
No cume do monte
Se isolo dessa humanidade entediante
Apenas para me dedicar o meu serviço
Sagrado ao Rei dos céus
Amo viver tranquilamente
Junto com os meus colegas monges
Amigos de inabalável fé
Sinto empolgado ao acordar do meu quarto
Perfumado a incenso de nardo
Aceso a outrora noite fria anterior
Calço meus pés sob o chinelo de couro
Feito de pele de búfalos montanheses
Dobro os joelhos frente a cama
Fecho os olhos para o mundo externo
E encurvo a cabeça numa oração
Sempre demonstrando gratidão
Ao Soberano da luz por está vivo
Tenho prazer de abrir as comportas
Da janela de mogno pesada
A visão desse simples sacerdote
Contemplar alegremente o sol
Surgindo detrás entre as duas montanhas
Afastados a oitenta quilômetros daqui
Sou feliz quando vejo os fiéis aldeoes
Subindo as escadarias rumo
Ao templo morada abençoada da paz
E calma espiritual
Amo pregar sermões sobre o amor
Perdão, alívio, redenção e salvação
Quando desço a aldeia
Para comprar alimentos
Posso sentir o frescor da brisa
Tocando no meu rosto
E digo a mim mesmo
"Melhor viver em paz num vilarejo simples
Do que reside numa imensa cidade onde o
Barulho, caos e ansiedade corrompe o sossego".