O monge montanhês

Nesse templo situado

No cume do monte

Se isolo dessa humanidade entediante

Apenas para me dedicar o meu serviço

Sagrado ao Rei dos céus

Amo viver tranquilamente

Junto com os meus colegas monges

Amigos de inabalável fé

Sinto empolgado ao acordar do meu quarto

Perfumado a incenso de nardo

Aceso a outrora noite fria anterior

Calço meus pés sob o chinelo de couro

Feito de pele de búfalos montanheses

Dobro os joelhos frente a cama

Fecho os olhos para o mundo externo

E encurvo a cabeça numa oração

Sempre demonstrando gratidão

Ao Soberano da luz por está vivo

Tenho prazer de abrir as comportas

Da janela de mogno pesada

A visão desse simples sacerdote

Contemplar alegremente o sol

Surgindo detrás entre as duas montanhas

Afastados a oitenta quilômetros daqui

Sou feliz quando vejo os fiéis aldeoes

Subindo as escadarias rumo

Ao templo morada abençoada da paz

E calma espiritual

Amo pregar sermões sobre o amor

Perdão, alívio, redenção e salvação

Quando desço a aldeia

Para comprar alimentos

Posso sentir o frescor da brisa

Tocando no meu rosto

E digo a mim mesmo

"Melhor viver em paz num vilarejo simples

Do que reside numa imensa cidade onde o

Barulho, caos e ansiedade corrompe o sossego".

M N Salomão
Enviado por M N Salomão em 03/04/2024
Reeditado em 03/04/2024
Código do texto: T8033921
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