Quando o raio batia em teus olhos

Acordaste..

O raio batia morno na janela

Os cães ladravam com fome

Vozes roucas de ébrios se faziam ouvir

E, ela ali

Tão triste e tão tímida

Transeuntes de feiras

De um jeito ou de outro

Esperava sem os saber

Dos raios que eu te falei

Que agora batia na janela

Era por certo um belo dia pra começar

A te escrever

Recordava da macieira

Das Laranjeiras e das rosas ainda

Que o dia parecia ser o mais belo

Ainda que o raio se via num prisma

Acordaste, ainda que parecia nada existir. Seus olhos brilhavam e, mudavam de cor

Ao ver passar cada estrela a ganhar luz

Agonizando num átimo

Quando mortas, brilhavam

Tão breves que não se passam

De nada

Mas na janela brilha ainda

Pretendo porém escrever te

Num diário, para prender te em mim

De cartas anônimas

Quando o raio batia em teus olhos

Entendi. Nada poderia ser mais íntimo

Mais triste porém

E se existe alguma coisa pra fazer sentido, que seja esse raio

Que ao adentrar

Me beira a loucura

E nada mais

H H Barrozo
Enviado por H H Barrozo em 03/04/2024
Código do texto: T8033564
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