Eu sou eu
Já não sei mais quem eu sou,
Se deveras eu sou eu.
Minha mente acabou,
E o viver permaneceu.
Sou sublime, sou sensato,
E às vezes não sou nada.
Vivo no anonimato,
Procurando a minha entrada.
Sou eterno peregrino,
Procurando uma vereda.
Sou adulto e sou menino,
Ou casulo ou a seda.
Sou detento de mim mesmo,
Sou escriba e fariseu.
No viver a vida à esmo,
Percebi que eu sou eu.