"Todo o mundo"...
Eu carrego toda a dor do mundo...
É todo o mundo, que é só de alguém que é muito mais o outro...
E as palavras que ofendi, nada mais foram que a angústia do meu desespero...
Penar, sentindo...
E é o penar, maldito...
É o resumo da vida, que no "não" dobrado, sobrado e causado...
A vida, nas gotas do choro...
É a minha vida, maldita!
Que não é minha...
Porque, se fosse...
Não estaria, no que disseram, olharam e tentaram mostrar...
É o teu mundo, porque todos vivem nele...
E eu que só vôo, só entendi que tudo o que é mundo, é o que eu não posso tocar...
É a minha pele, revirada e arranhada...
É a falta de dor, dos que desonram tudo...
Fiasco, não de mundo...
Mas, o mundo da dor que falta...
Que é jogado, e sufocado em quem não deveria...
Sentir, somente o inferno, é o que querem fazer virar...
Sei que caí, não por um tropeço...
Mas, tropeçando com o delírio de tudo o que apontam e dizem normal...
É o manicômio...
É o que arde!
Arde!
E a imaginação, nunca pôde crer...
Não, o vento não me espalha...
É a mente, que derramada, acabada, pisada, atormentada, porque era pra ser aquilo...
Era, pra ser...
E ninguém foi...
É o buraco, que esfaqueia a sentença da minha respiração cortada...
É o acaso, por algum destino...
É o fato de não haver acaso...
É o imprevisível, de não existir destino...
É o tumulto, do que organizaram...
É a agitação, do ar que não está onde deveria...
É o inferno!
É o que te acaba!
É o governar, de uma disfarçada farsa!
A farsa de todo mundo, sem mundo...
E não viram! E não sabem! E não sentiriam!
Nunca sufocaram, a própria mente...
Que vendo, nunca soube dizer..
E só a falta de todo o mundo!
É isso aqui!
Que por ali, rabiscou o que nunca irão sentir...
Que matando!
O ordinário de tudo!
Que no aprisionado, teve a audácia da maior liberdade que sempre foi o mais tocado...
É a vida verdadeira, que infelizmente, deixou de crer em qualquer gesto...
Em qualquer delírio, que se preste a fazer o existir...