Recanto dos ventos 

 

 

 

As portas pareciam falar, na verdade falaram,
Pedindo para que fosse...
Foi de olhos fechados,
por não ter pressa de chegar,
parava em cada estação.


Atravessou mares e multidões,
cansado da maresia,
Foi esconder os seus sonhos com zelo,
um a um por trás das montanhas.
Depois de resgatá-los da ilha dos segredos
onde os deuses eram proibidos pisar.


Dali se podia ver dos homens,
sentir os seus medos,
a falta de esperança, eram oceanos
de fragilidade e insegurança.
Belo mesmo a rara simplicidade
verdadeira nos gestos e

olhares de alguns.


Triste era perceber a vaidade invadindo
as almas que sem sossego iam

de um lado para outro sem chegar a lugar

nenhum.


Assim permaneceu no recanto dos ventos
onde só os ventos, conseguiam chegar.
Imutável mesmo era o amor, descansando tranquilo
sem se preocupar, fazendo-se cumprir
seu destino...


Ciente de que existia, não tinha como mudar.
Porque o amor era teimoso, mimado, feito menino.

 

Liduina do Nascimento

 

 

: : : :
Enviado por Liduina do Nascimento em 01/04/2024
Reeditado em 05/04/2024
Código do texto: T8032343
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.