A floresta

Essa floresta densa e escura

De lebres, serpentes e onças

Que um Eu desbrava

E o outro grita: Volte!

Esse caminho fechado

Onde à facadas, sigo,

Abrindo clareiras

Na busca por nascentes

Que me banhem de vida

E fugindo dos espinhos

Pisando em folhas secas

Ouvindo bem distante

O canto dos passarinhos

Essa floresta de grande umidade

Que desidrata o corpo

Afasta os sonhos

Indiferente à nossa vontade

E nossa trilha que parece em vão

Só ganha sentido e razão

Quando achamos aos ramos

A árvore do conhecimento

De flores perfumadas e coloridas

Que contém o fruto suculento

Que dá sabor ao sentido da vida