A me procurar
Amanheci tão frágil, tão tensa, sem voz e sem argumento.
Amanheci calada.
Amanheci sozinha.
Amanheci com muitas lágrimas.
Amanheci chorando por qualquer amigo qua também chora.
Sou sensível.
Talvez o avesso da vida.
Sou meio torta.
Sou tão sozinha!
Sou um abismo!
Ou quem sabe, um rabisco.
E queria ser poesia!
Tudo que amei...só amei.
Não fiz disfarce.
Permiti que a vida por si mesma seguisse.
E sou tão sozinha!
Talvez por medo...ou ou quem sabe bom senso.
Sei lá!
Meu jeito é torto.
Busco o amor.
Em campo sem lua
E não me ver
Lidar com a vida ainda não sei.
O mapa é escuro.
Nossas linhas não se cruzam.
Acho que ainda sou uma criança.
A chorar engatinhando.
Ou talvez um dia que nunca amanheceu.
Difícil entender!
Nada forço, nem forçarei.
E o amor a não me ver
Sou boba sou tola.
Mas...
Sempre a me procurar.
Rosilda pinheiro