Mendigos
No tocante, à minha dor...
Todo espelho, é reflexo das minhas palavras...
Todo ser, que o sofrimento for o rascunho brotado, que do começo por antes do término, sofre muito mais dentro...
Eu queria, ser uma menina...
Queria, o não sufocar da vida...
Queria, que se lembrassem do vácuo de cada qual...
É palavra, que espinha por cada nó que desata, no despreparo...
É cada esquina, em meio ao suspiro de um faminto, que na rua pediu muito mais a intenção...
O mendigo, é o avesso da aparência...
É o absurdo, de todo mundo...
O mendigo, é qualquer um...
Não está, em uma rua...
Não está, num alento...
Nunca esteve, pedindo alimento...
Implorou, pelo socorro do próprio sofrimento...
É a sacada, dos felizes...
Dos miseráveis, que se disseram gênios...
É a superioridade, desumana...
É o ar, de tanto faltar...
O mendigo...
O morto, sem afeto...
É cuja fome, come através da carne sem humanidade...
Nem se pergunta: "por que, o mistério?"
"Por que, a ilusão?"
E por que, a sensação que da fome, só fala quem sentiu...
Mas, a falta de fome por sensibilidade...
Estranha, casualidade...
É o destino, imbecil...