Pandemônio

Paredes cobertas por toda indecisão

Um caos súbito e sacrificante

Minhas mãos em uma prece suplicante

Ferem meu próprio corpo em busca de proteção

Passo a passo o caminho se forma

Minha mente, meu sofrimento informa

E eu me jogo para encontrar minha alma...

Já não respiro dentro de mim

Esta melodia é a mão que me sufoca

Mas esta revolução não é de todo tão ruim

Pois ela é o sopro de vida que me toca

Mostre-me a felicidade nunca sentida

Minha paixão ainda está adormecida...

Gritos anunciam a chegada da dor

Mas este medo é muito mais sedutor

Pois ele me proibe de fazer o que não devo

Mas se minha dor me é tão indiferente

Por que este choro ainda é tão insistente

Enquanto o pandemônio se forma dentro de mim

Ondas se formam levando minhas ilusões

Como poesias tentando sobreviver

Este pesadelo modifica todas as sensações

Já não posso mais me reconhecer...

Mostre-me que sempre há um outro dia

Para celebrar o que hoje ainda é melancolia

Uma tempestade de sentimentos

Um vendaval de emoções

Minha razão cercada por doces adventos

Que me levam a diferentes reações

Rosas e espinhos

Ventos e redemoínhos

Quem sou eu nessa confusão?

Sombras e luz

Minha estrela não mais me conduz

Aos caminhos que eu mesma desconheço