SUPLICANTES
Me acalme, hora do arrependimento,
Traga o sono que persigo,
Venha com o bálsamo do esquecimento,
Agora, urge o ferimento,
Cuidados de que não possuo,
Arremedo de indelével momento,
Não ouso pedir mais que isso,
Não posso, não vale, não devo,
O que possuo como paga? Vertigem.
No mais, só resta o cadafalso,
Que é destino de quem se entrega,
No suspiro do delírio,
Na foice do sofrimento.
ITA POETA