A NATUREZA CHORA
Não tem direito à vida,
Tudo está desaparecendo,
No eldorado tecnológico,
Do caos do abalançamento.
A cada minuto e dia mais abrupto,
Enlanguesce o amor da tua aflição,
Acelerando enormidades ventanias,
No clamoroso sem coesão.
Nem tudo está perdido,
Nem tudo está ameaçado,
Ainda há auroras no despertar,
De um novíssimo dia.
Não há mais lindos campos,
Não há mais bosques floridos,
Não há mais gigantescas florestas,
Tudo na dinâmica do progresso.
Extermínios dos seres animais,
No vale assassino de cada gemido,
Gotículas caem da natureza viva,
Despedaçadas pelo homem e comovida.
Nestes versos brancos exalta o teu clamor,
Durante o dia ameaçador das guerras,
Na comercialização desordenada com fragor.
Esfacelando tua face em nova era.
A natureza lagrima em furações,
Despida do apogeu do sol nascente,
Flagelando sem cessar as nações.
Não choras Ó minha mãe natureza,
Nem vens em torrentes maremotos,
Tua amplitude no mundo é tua beleza.