Quem é você?
Quem é você?
Não, não, não!
Nada disso!
Já estou batizada com isso
Eu me perco quando quero entender você
Então, prefiro me entender
E aí sim, eu passo por você
Se você vai passar por aqui
Não sei!
Eu já aceitei o meu enigma
Até porque me entender é um enigma também
E quem sou eu?
Eu sou tantas
E nenhuma
Posso ser concreta ou líquida
Liquidata por você!
Posso ser santa
Sonsa, ou tonta por você
Posso ser puta
Malandra
Arriada por você
Mas, independente de você
Sou água que escorre pela mão, sem me espremer
E me inspiro
Posso ser fogo que posso aquecer ou queimar você
Posso ser terra que planta e brota ou posso me atolar ou te atolar
E o ar? Não posso esquecer do ar
Porque posso tocar em você, sem nem me ver, ou então te esbarAR ao vento...
- E o mar?
Ah! Nesse mar é o meu (a)mar
Sou tantas variáveis
Que já aceitei o meu enigma desse (a)mar