De dentro para fora
Avisto avulso
Um livre abuso
De amor e de poder
Da liberdade e do saber.
Reinvindicar direitos
Dedicar-se e ter pouquidade
Caio e murmuro em defeitos
Sinto falta de equidade.
Não opero no setor sentimental
Mas bem que me renderia um poeta
Cheio de consolo e de palavras de afirmação
Tão tolo, fiel e pateta.
Trato rude como tal,
Encho meu açude com prantos
Hoje eu sorrio, amanhã transbordo
Com medo me espanto, me acumulo no canto.
Venham novamente minhas pessoas queridas
Contem-me suas histórias e mostrem-me suas feridas
Eu lhe contarei a minha e lhes mostrarei a saída.
Diga-me por esse labirinto
Gritem em meios às passagens
E os escutarei ao final do túnel
Quando tiverem recebido minhas mensagens.
Mas pra interpretar bem
É preciso ter fé, é preciso falar
O que o coração sente, mas sem machucar
Se aqui me tratas mal, então para longe irei voar.