de música e de poesia 70
Ao som de sanidade vejo o anel do teu globo ocular
magistrando minhas vértices:
hoje é dia de dança.
Vejo o Cólon de Dionísio, feito um colchão d'água,
vejo veraneios, vejo aspargos de Santa Rita
e Cássia, coçando-se e arrancando os espinhos de Acácia que
grudaram em seu chapéu.
Vejo a vinha de teu sangue,
tamanha surpresa ter-te vinho.
Espaço entreaberto: seu sovaco de passarinho
a debater-se para alcançar vôo,
para ecoar o poema de sua flauta hipnotizadora.