Mundo ortodoxo
Um sábio, desafiado por um sofista aflito,
Que tinha a prática de induzir ao engano...
Tales de Mileto era o sábio erudito,
Que aceitou o desafio insano...
Eram nove perguntas,
Para nove respostas...
De certa forma conjuntas,
Organizadas e compostas...
A primeira pergunta feita,
Foi qual a coisa mais antiga que já existiu...
A resposta foi mais que perfeita,
Deus, porque jamais exauriu...
Qual é a coisa mais formosa,
Que já existiu no mundo...
O Universo já que a mais gloriosa,
Do criador mais profundo...
E o maior de tudo,
Que já existiu...
É o Espaço, infinito e mudo,
Onde está o Criador gentil...
Qual a coisa mais constante,
A mais estável...
É a Esperança, ainda que claudicante,
É companheira inseparável...
De tudo, o que é o mais supremo,
O de fato superior...
É a Virtude, o correto, o sereno,
Preceito que leva ao amor...
E a coisa mais rápida que existe,
No mundo inteiro...
O Pensamento, que permite,
Sempre chegar em primeiro...
E de tudo, o que é o mais forte,
Que algum homem já testemunhou...
É a Necessidade, orienta e dá o suporte,
A quem está com problemas e não se encontrou...
E qual é a coisa mais fácil e complacente,
Que existe na vida...
Dar Conselhos, confortavelmente,
Com opinião que pode ou não ser seguida...
Na nona pergunta do sofista nesse exercício,
O sábio disse um paradoxo...
Qual de todas as coisas é a mais difícil,
É conhecer a si mesmo nesse mundo ortodoxo...