Onde andas a minha poesia?
Donde estás minha poesia?
Porque andas tão fugidia de mim?
Será que caiu num precipício a minha
p
o
e
s
i
a
?
Ou será que a minha poesia
Virou escadaria para pagadores de promessa?
poesia
poesiapoesia
poesiapoesiapoesia
poesiapoesiapoesiapoesia
poesiapoesiapoesiapoesiapoesia
poesiapoesiapoesiapoesiapoesiapoesia
poesiapoesiapoesiapoesiapoesiapoesiapoesia
poesiapoesiapoesiapoesiapoesiapoesiapoesiapoesia
Ah! Minha poesia, ando precisando tanto de você...
Por onde andas?
Por acaso se agarrou até altas horas numa mesa de bar?
E que, assim, caminha pelas ruas trocando as pernas e as letras
Ó minha PoRRESiA...
Diga logo vai...
Estás deitando com mulheres da vida?
P..........oligamia.....ESpoRRAesia
O..................rgasmo...sarcasmo.....
E.......reção.....ejaculação....
S....exomaniaco...poeSEXOesia....
I.......nfame
A.......mante....avante....a....amar.
Me diga com quem e onde tu andas que direi quem tu és:
Prostitutaspoesiabêbadosbaresmendigosfavelasmeninas
belaluamarquisesmontanhasmares riosestradasondasareia
traficantespolíticosjogadorestravestisrockeirosdrogados
mestressábiosreligiososidososnasmanhãsetardesestrelas
Prostitutaspoesiabêbadosbaresmendigosfavelasmeninas
mestressábiosreligiososidososnasmanhãsetardesestrelas
belaluamarquisesmontanhasmares riosestradasondasareia
maníacoshumildesricosfaveladosgaysfuncionáriospúblicos
A sua abstração me comove
Entretanto sinto tua presença em tudo que vejo
NO SOL
NA LUA
Nas nuvens esplhadas no céu
nuvens
nuvens
nuvens nuvens nuvens
nuvens
nuvens nuvens
nuvens nuvens nuvens e nos pingos de chuva que caem dela...
nuvensnuvensnuvensnuvensnuvensnuvensnuvens
nuvensnuvensnuvensnuvensnuvensnuvensnuvens
nuvensnuvensnuvensnuvensnuvensnuvensnuvens
p p p p p
o o o o o
e e e e e
s s s s s
i i i i i
a a a a a
p p p p p
o o o o o
e e e e e
s s s s s
i i i i i
a a a a a
p p p p p
o o o o o
e e e e e
s s s s s
i i i i i
a a a a a
Não irei procurá-la mais,
Mas te espero nas noites mais triste
Nos dias alegres
Na solidão do meu quarto
Na primavera
No outono
Num gole de cerveja
Na beleza da morena
No abrir "de bom dia" das flores
Nas tristezas da miséria
No contentamento dos nobres
Na indignação do pobres
Na vida
Na morte
Na mesa de jantar
Nos pontos de ônibus
Nas latas de lixo
Nos finais das tardes de domingo
Nas poeiras que se deitam lentamente
Na minha cama
no beijo da minha amada
Depois de um dia longo de trabalho...