Baú de degredados

Redemoinho oco de idéias

Que varre a noite vazia

Sacode quinquilharias

Emoções perdidas

Em meio a sentimentos quebrados

Dores mal fingidas de amores inventados

Tantos disfarces rotos...

Voam versos inacabados

Elevam-se musas abandonadas

Adejam contos mal contados

Tantas “tonterias” esquecidas

Num baú de degredados...

Uma mulher no retrato tosco

Rouba do luar um brilho fosco

A luz pálida velando o sono

Mágico realismo nos sonhos

De um poeta imaginário...