Soterrados.

Eu pensei, que minha vida era toda por ali...

Sorri, porque doeu ..

É muita vida, que não me faz parte...

O vício maior da minha mente, é nunca saber se a torrente faz o mais diferente, ou a falta dela...

Doeu...porque eu não sei...

Eu não sei, se o maior confronto daquilo que não falou, teria sido o maior testemunho...

Se me fizeram, eu olhei para mim, e senti que nada de tão imenso, que nas palavras das dúvidas, sobrou o agarro no tanto que caí...

Sofrendo...

Ardendo...

Remoendo!

Na injúria, de um rumo pesado...

Caí na vontade, de fazer tantas coisas...

Sendo tanta!

Sendo mínima!

E sendo a recíproca, de todos aqueles sujos e imundos, que me contaminaram...

Porque, nada é bonito!

Nada, é tão lindo!

E tentam dizer...

E tentam mostrar...

Suspirar, é que não dá!

Mas, bonito mesmo é tudo o que não faz parte do lodo que somos...

Porque, comemos e bebemos...

Acabamos, e não vemos...

Toda a vida, que nunca morreu...

Se tanto deseja, almeja e soterra, é que aquela guerra...

Que tanto fez, por fora...

É nem um farelo, de tudo por dentro...

A tudo! Deram, nome!

A tudo!

Tudo!

Tudo!

E nada, é de ninguém!

A não ser, a indignação de alguém...

Que a fome, é que tem nome...

E sempre, quis saber o porquê...

Gisele Maria
Enviado por Gisele Maria em 14/03/2024
Código do texto: T8019949
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