Costhela
sorriem desafios
cometendo lonjuras
com o mar revolto nos olhos
nunca queimam em vão
como se fosse acabar
tem o mundo inteiro
dentro delas
bordam sonhos nos calos
na prata do tempo
confissões sussurradas
onde as rotinas se misturam
curam mazelas com a dor
amam como uma garota na igreja
pode até ser pra sempre
em absoluto silêncio das asas
gargalhando e sorrindo agonias
suas asas não desfiam
acalmam as tormentas
conversam entre si
Mulher é verbo
o princípio de toda costela