NEGÓCIO FECHADO
Meu corpo...
É o caminho do teu prazer
O trajecto da imoralidade
Por alguns trocados
Minutos de prazer são jogados
Partido aos pedaços, tenho o coração
Os trocos acarretados em mão
São como armas de um canhão
Que sem dó, arremessam-me ao chão
Muitas vezes maltratada
Humilhada e espezinhada
Até pelos meus, sou desprezada
Julgada e abandonada
Do meu prazer, vivem rastejantes
Sugando todo o meu mel
Deixando-me amarga como fel
No meu rosto
Sorriso entre os lábios
E lágrimas no profundo olhar
Ainda dizem
Mulher vida facil
Lembranças tristes de uma vida
Por necessidades, fui eacolhida
Como podem julgar-me?
Se nem sou digna de mim...
As necessidades gritam
As apetências vibram
A luxúria oscila
E vendam-me os olhos para a realidade