NEGÓCIO FECHADO

Meu corpo...

É o caminho do teu prazer

O trajecto da imoralidade

Por alguns trocados

Minutos de prazer são jogados

Partido aos pedaços, tenho o coração

Os trocos acarretados em mão

São como armas de um canhão

Que sem dó, arremessam-me ao chão

Muitas vezes maltratada

Humilhada e espezinhada

Até pelos meus, sou desprezada

Julgada e abandonada

Do meu prazer, vivem rastejantes

Sugando todo o meu mel

Deixando-me amarga como fel

No meu rosto

Sorriso entre os lábios

E lágrimas no profundo olhar

Ainda dizem

Mulher vida facil

Lembranças tristes de uma vida

Por necessidades, fui eacolhida

Como podem julgar-me?

Se nem sou digna de mim...

As necessidades gritam

As apetências vibram

A luxúria oscila

E vendam-me os olhos para a realidade

Djalma de Andrade Boavida Agostinho
Enviado por Djalma de Andrade Boavida Agostinho em 13/03/2024
Reeditado em 13/03/2024
Código do texto: T8019037
Classificação de conteúdo: seguro
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