DOS 120 DEGRAUS
DOS 120 DEGRAUS
Desta vez, que o sussurro caia bem!
Humildade? Não! Eu estou longe dela.
Só modéstia. Essa que, as vezes, vem.
E veio hoje, quase muda, singela...
Pra dizer, sem festa...desabafo...grito...
Sem tom de vingança...sem ar de divino...
Que, a cento e vinte dias, invicto,
Vou vencendo um invencível destino.
Não quero a glória! Apenas a paz...
A tranquilidade pra seguir sereno...
E, entre não-queridos, não quero mais
O trago de euforia...de veneno.
Quero retornar o relógio ao zero,
A cada sol que beijar a madrugada;
Pois, sei que não posso tudo o que quero...
Que cada manhã precisa vir zerada...
Sei que são vinte e quatro, os degraus,
Pra escalar o cume de cada dia...
Sei que por minutos bons...minutos maus,
Escalo cada hora que o tempo cria.
Torre Três ( R P )
13_03_24