ASSOMBRADO

O pálido esforço para o azul,

sucumbe ao profundo da melancolia

disposta no horizonte como sentença

de uma noite que nunca mais se acaba.

E é na mortalha do sono que morrem

caminhos vistos no atrevimento do dia.

Tão insolentes por serem definitivos,

agora falsos sentidos em farrapos.

Na borda do mundo faz-se o desconhecido,

mas as portas e cadeados estão cerrados.

Na treva do fogo extinto, fez-se um pedido

pra que aqui dentro, se fizesse o azul abandonado.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 10/03/2024
Código do texto: T8016973
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.