ASSOMBRADO
O pálido esforço para o azul,
sucumbe ao profundo da melancolia
disposta no horizonte como sentença
de uma noite que nunca mais se acaba.
E é na mortalha do sono que morrem
caminhos vistos no atrevimento do dia.
Tão insolentes por serem definitivos,
agora falsos sentidos em farrapos.
Na borda do mundo faz-se o desconhecido,
mas as portas e cadeados estão cerrados.
Na treva do fogo extinto, fez-se um pedido
pra que aqui dentro, se fizesse o azul abandonado.