Via de regra

Arte e ciência

Mas o mesmo desejo humano

Sem limites

O mesmo descompasso

O mesmo desencontro que nunca corrige

Por ser incorrigível

Inatingível

Insuperável

E, assim, o artista e o científico simulam histórias, revoluções...

Narrativas hiperbólicas

Eventos fantásticos

Querem viver além das galáxias

Querem o infinito

Cada um com os seus mitos e fábulas

E o artista vive mais de ilusões que juízo

E vive, intenso, de estação em estação

Do inferno ao paraíso

Só para voltar no mesmo princípio

Assim como o homem científico

Como todo indivíduo

Que persegue a sombra e enxuga o gelo

Só para retornar ao começo do seu ciclo

A mesma distração, os mesmos vícios

O tempo consumido

Enquanto a vela queima

Via de regra

É a vida que teima

Sem desperdícios