Eu prefiro
Ouvir o barulho da chuva lá fora do que a doutrinação diária da tv aqui dentro
Eu prefiro sentir o vento frio da noite pela janela sóbria do que ódio e decepção pelo que está acontecendo
Humanidade, como sempre
Eu prefiro acordar mais tarde do que viver assustado ou na inglória de correr contra o tempo
Eu prefiro, mas não significa que tenha poder de escolha
E por isso, sinto mais os tambores da guerra do que os batimentos do meu coração, em silêncio
Sinto mais a tristeza e a tensão dos conflitos dos homens, do que a beleza dos seus sentimentos
Se algum dia, eu conseguirei subir a minha montanha e aprender a meditar, sem ter mais tantos pensamentos
Se do alto dos meus 35, nesse agora em que escrevo, ainda estou tão abaixo da altura das nuvens brancas, no mesmo nível dos nossos sofrimentos
Se é mais uma promessa ou juramento
Talvez seja a mesma esperança