DOCE MELODIA
Tem vida própria e perpétua, os versos rimados.
Ritmados ao devaneio de melodias leves,
Arranjadas por entes lúdicos iluminados,
De tons graves.
Tem morte anunciada, os bons sonhos relegados,
Postergados ao desvario dos sempre mudos,
Abandonados nos seres desabnegados
De tons agudos.
Tem devir álacre, as vontades que vertem poesias.
Fantasias de se mover neutro e quiçá sem tédios,
Edificando nos acordes maiores as ousias,
De tons médios.
Tem quem recrudesce, ao se ver em sintonia.
Alegria de se navegar nas nuances musicais.
Bailando títere nos arpejos da doce harmonia,
De tons essenciais.