Tremula um coração
Tremula um coração
No galho oco do infinito
Onde não chega
Nem o eco de um grito
Que ecoou da garganta
Do pobre e doloroso aflito
Que quis dizer convicto
Seu pranto de se saber finito
A chuva passa depois
Que as naves espaciais
Deixaram cair as bombas
Que roeram as civilizações
No cair das pálpebras cansadas
Erguem-se castelos medonhos
A lírica maça dos amantes
Amarelou à espera de que a mordam
A tarde chegará com a certeza
De que a noite recomporá a esperança
Que depois de tudo amanheça
Essa taça doce, a incerteza