MÃE MINHA MÃE
para Linda (in memoriam)
Vontade que me dá
de chorar, minha mãe.
Saudade faz voltar
sua falta, minha mãe.
Ensinou-me a ser gente.
Punha tudo na mesa
com seu jeito contente.
E no rosto a certeza
de ver os filhos feitos
honestos de direitos.
Sua bondade e jeito
em laços estreitos.
Hoje os jardins se unem.
Os seus vasos com flores
e aquele seu perfume
em lembranças de colores.
Apesar das dores, mãe,
embora muito distante,
lembro os dias de alegria,
da comida boa e quente
que você sempre fazia,
da merenda da escola,
traquinagem e escolas
do amor e beleza
de ver os filhos feitos
honestos de direitos.
Sua bondade e jeito
em laços estreitos.
Curitiba - PR, 1980.
Poema revisitado.