"SAMBA, VOCÊ..."
Samba,
te encontrei sentada
num pedaço de madeira
que já foi um dia
um banco...
E com você sentada
tudo era um trono
de rua suja que
agora era um castelo.
Samba,
você estava querendo
ser uma coisa enérgica
de carnavais que se
passaram...
Você era uma alma
cansada de ser menina
e revoltada por não
ser mais uma moça.
Samba,
você continuará sendo
a melhor das melhores...
mesmo que o ano todo
seja quarta-feira de cinzas.
Samba, você...
jamais será a mesma.
Em ritmo, em amor,
na vida, no sexo, na idade
nas artes...
Jamais será
a mesma de antes.
Samba, você...
talvez transcenda.