O PAPEL É PAM
Eu achei que era
só abrir o papel em
minha frente, que
o papel era meu…
Mulher de mochila
Coca-cola correndo
nas veias…
Homem de olho
torto me olha eu desvio
o olhar…
Garotão de óculos
escuros, se achando se querendo
se encontra n’algum lugar…
"não é porque você tem
um monte de trigo na barriga
que você virou um Pão, meu amigo."
Suco de goiaba?
Vai?
Ou qualquer casal
que passasse em minha
frente… se adorando.
… O sumo. O sol…
O sofrimento… As Ladeiras…
E as folhas, gravetos, folhetos…
as cartinhas de amor.
O vento comprado num
supermercado, e um “VIVA!”
à classe média, moderada
e moderna. Circo Psicótico…
O rock da banda Beijo,
Beijo, Circo psicótico,
Rock and Roll a noite toda.
Um beijo pra vocês!…
Banda Beijo.
Eu achei que era
só abrir o papel em
minha frente e
“Tcham”
Alguma coisa saía…
[Eu errei]
Eu achei que
o papel era meu
Mas…
O papel era Pam.
O papel era Trans.
O papel era "Bye!"
O papel era "Adeus"!
O papel, não é meu.