RUAS DE GAZA
As ruas de Gaza andam cheias
De futuros destroçados
Da esperança sob escombros
Dos sonhos bombardeados
As ruas de Gaza levavam a escolas,
Que não ensinam mais...
Chegavam a praças,
que não brincam mais...
As ruas de Gaza viraram rio,
Faixa de sangue vivo e inocente
Que grita aos céus
Sem emitir qualquer som.
No ar, apenas o barulho
Das balas, da estupidez, da barbárie.
E a criança, sentada na calçada,
Pergunta com os olhos sem lágrimas:
Humanidade, humanidade,
por que me desamparaste?