Louvor
São cântaros os lábios teus
Inclinados ao meu dispor
Abundantes de ti
Vertendo sobre mim teus encantos
Mélico gosto teu
Nas minhas papilas
Embriago-me da tua saliva
Quase que inteiramente
Posto que resta, ínfima, alguma sobriedade
Que me leva a confessar
Do fundo da minha alma
Que perdi-me, ébrio, pousado em teu seio
Combalido de paixão
Sem pesar
Eu, mero menino, órfão da razão.