POEMÁRIO
Há os que constroem
Gaiolas para a liberdade aprisionar
Há os que fazem canteiros
Para flores não plantar
E muitos são os paióis
Onde a morte é guardada
E o poeta caminha
Entre escombros
Da cidade sitiada
Atravessa desertos
E os versos que resgata
Restaura-os em seu poemário
Para tê-los no amanhã
Que tarda, mas há de chegar