Eu e Morfeu
Deleitar-me nos braços de Morfeu
o doce sono me acolhe e envolve
numa dança suave como o véu
da noite que a todos nós resolve
sob o manto estrelado mergulho fundo
na quietude dos sonhos que se revelam
e nas asas da imaginação me conduzo
a terras onde a realidade desvela
os olhos se fecham, o corpo repousa
e Morfeu, com suas artes encantadas
tece sonhos como fios de uma rosa
entre sombras e luzes abraçadas
em seu reino onírico vagueio sem rumo
exploro mundos que só existem ali
onde o tempo é fluido o espaço é profundo
e a magia dos sonhos se desdobra em sutil
deleitar-me nos braços de Morfeu
é embarcar em viagens do pensamento
onde a realidade se torna um tecido leve
e a alma, em devaneios, encontra alento
entregue ao abraço do deus do sono
deslizo suavemente pelo rio onírico
deleitando-me, sem receio, nesse abandono
num universo onde tudo é mágico e lírico