a outra noite do dia
Enquanto tu dobras os joelhos diante
no escuro da noite, esse outro que na
barriga do dia suprime tua força, embora
não acredite que há sombra ao meio-dia.
E teus olhos se espicham na estrada e toca
o horizonte quando esta se perde no limite
onde a terra dança com o céu e suas memórias
são as mesmas na hora do encontro.
Florestas as seguem por entre o alto mais brilhante
e os terrenos mais profundos onde seus pés se rebelam
em busca de uma área mais ampla onde poderia saber
da procissão de signos que penetra na atmosfera
para contar para outros a pungência de saber
que todos estamos não na mesma estrada, mas no mesmo sentido
que desemboca na sabedoria, que toca os pássaros
e as pedras, toca o escuro e a estrela mais cativante.
Ouve na neblina de cristal, às vezes sulfúrica,
poemas cantarolados por uma ninfa, que inspirada,
desce da montanha depois da madrugada e, junto com a luz,
escreve a virtude numa trama de símbolos,
que traz para perto de quem a assiste, a vida como ela é.