Imatura
Dá muita importância,
A opinião alheia...
Não sabe que a verdadeira relevância,
Está em sua própria vida, plena, cheia...
Está sempre buscando validação,
Que outros devam lhe confirmar...
Se recebe uma negação,
É motivo de sofrer e chorar...
Só faz o que tem vontade,
Como criança egoísta e mimada...
Não sabe encarar a verdade,
Crescendo de forma errada...
Reclama de tudo e por tudo,
Sem noção de que nada assim pode resolver...
Achando que em torno de si roda o mundo,
Não se permitindo amadurecer...
Faz favores esperando recompensas,
Querendo ser vista e aparecer...
Não admitindo a indiferença,
Por não fazer por merecer...
Quer dos outros a opinião,
Para tudo que vai fazer...
Incapaz de tomar uma decisão,
Quer alguém para culpar pelo que vier acontecer...
É autorreferente,
Como se tudo lhe fosse peculiar...
Bom ou ruim, presente ou ausente,
Seria sobre ela que estariam todos a falar...
Se ofende com tudo, de forma errada,
Tem de si, a imagem mais perfeita...
Se ouve críticas fica carrancuda,
Quando contrariada, acha que é desfeita...
Fica muito lisonjeada,
Quando recebe qualquer elogio...
Deixando ser por outros taxada,
Não tendo o próprio apreço sadio...
Não sabe dizer não,
Com medo de desagradar...
Vivendo infeliz com seu jeito e opinião,
Por ser imatura e não conseguir mudar...