Delírio.

As águas escorrendo pelos troncos de carvalho.

O frescor aroma das folhas molhadas.

Deslumbrante e gélido sopro de inverno em meia á primavera.

Somos como gotas de chuva.

Formados pelos incontáveis fragmentos soprados pelos ventos.

Desleixados em nossa harmonia febril.

Deixando o destino escolher nosso estonteante repouso.

Prestes a nos unir em um explosivo encontro.

Ora sendo líquido,

Em momentos sendo sólido, congelando o presente desordenado.

A fadiga cessando no descontrolado rumo de nossa consciência.

Aflitos debaixo das árvores dos bosques,

Para no fim,

Voltar para a mais profunda loucura.