SUBJETIVAÇÃO

Nunca serei sujeito de nenhuma verdade

ou prisioneiro de qualquer identidade.

Minha subjetividade se faz na arte

de me reduzir a miragem,

de me deixar seduzir pelo devir e a paisagem.

Ser é, para mim,

sempre me perder em algum ponto móvel

entre o mundo e mim mesmo,

entre silêncio e linguagem,

além da aparência e da essência.

Viver é não ser parte de nada

na experiência de tudo.

É nunca ter expectativas.

É aprender a morrer

na eternidade de cada segundo.

Não há diferença significativa

entre um ser humano e uma barata.